Dedicada e determinada, a ‘brabinha’ mostrou confiança antes mesmo de entrar no tatame. Segundo a mãe, Jasmim afirmou com convicção: “Mãe, o ouro vai ser meu. Eu posso, eu mereço, eu consigo”. A autoconfiança, por sua vez, refletiu nas lutas, onde a pequena atleta manteve um ritmo intenso e consistente, atacando em todo momento embalada pelo coro da torcida: “Vai, braba! Vai, braba!”.
Após a vitória, a emoção tomou conta. “Quando ela acabou, ela veio com a plaquinha e falou: ‘Mãe, eu não falei? O ouro é meu’”, lembrou Fátima, emocionada. Além do título, a viagem a Dubai trouxe experiências inesquecíveis. Jasmim participou de um seminário com um renomado mestre do jiu-jitsu e visitou uma escola de UFC, onde foi recebida pela federação local.
O caminho até a medalha de ouro, no entanto, é resultado de uma colheita cujas sementes Jasmim planta durante cinco dias da semana. Para viabilizar a viagem, Jasmim e os pais organizaram rifas e venderam doces, já que a jovem atleta ainda não conta com patrocinadores.
Essa falta de apoio financeiro continua sendo um desafio. “O mais difícil tem sido encontrar patrocinadores. A Jasmim ainda não tem nenhum. Sou muito grata a todos que ajudam de alguma forma. A visibilidade é essencial para conseguirmos apoio”, desabafou Fátima.
De volta ao Brasil, Jasmim enfrentou mais um desafio. Apenas três dias após uma longa viagem de Dubai, com escalas em Roma, ela competiu novamente no Riocentro, no Rio de Janeiro, e conquistou mais uma medalha de ouro. “Ela foi competir com a mesma determinação de Dubai. Fez duas lutas e saiu vencedora de novo”, destacou a mãe.
E embora saia vitoriosa do tatame, Jasmim nunca deixa de reconhecer suas adversárias. Ao final de cada luta, a jovem atleta ergue as mãos das competidoras, em um gesto de respeito e esportividade. Assista abaixo:
Jasmim treina desde os 3 anos de idade. A atleta compete na faixa cinza, em modalidades de 25kg. Aos 7 anos, ela coleciona 105 medalhas e 5 cinturões. Nas redes sociais, a atleta aparece como @jasmimbraba.bjj
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